Vamos “Pagar em lixo” ?

Lixo?

E estão vocês a pensar, enganou-se a escrever e em vez de “pegar” escreveu “pagar”. Não, não me enganei e passo a explicar.

Na passada quinta-feira fui, a convite da Junta de Freguesia de Campolide, ao evento de apresentação do projeto “Pago em Lixo”.

A apresentação foi feita num pequeno-almoço, servido no quiosque verde-lima no Jardim da Amnistia Internacional em Campolide. O evento contou com a presença do Presidente da Junta, André Couto, com Vítor de Sousa e Eládio Clímaco. Dois dos quatro padrinhos deste projecto. E que participam no vídeo institucional, representantes da divisão de higiene urbana da junta, e da imprensa.

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O projeto foi apresentado pelo Presidente da Junta, André Couto, que nos explicou que a ideia surgiu da necessidade de encontrar “uma solução sexy”. Para o problema de higiene urbana com que Campolide se depara. Tais como prédios pequenos onde não cabem todos os caixotes do lixo, ruas estreitas e população envelhecida. Esta “solução sexy” passa por trocar lixo por dinheiro.

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Este é um programa de recolha de lixo diferenciado, em que foi criada uma moeda própria na freguesia, o “lixo”, e que servirá como moeda de troca. Para além da preocupação com o ambiente e a higiene urbana, esta iniciativa tem também como objectivo revitalizar o comércio tradicional. E a mudança do comportamento cívico incentivando as pessoas a reciclar o seu lixo.

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Mas então na prática como é que funciona?

Os residentes na freguesia podem entregar o seu lixo (vidro, papel, embalagens e pilhas recicláveis, englobando o lixo indiferenciado, com excepção do lixo doméstico) numa barraquinha de recolha. Aqui é pesado (com um limite de 10kgs por dia e morador), e onde são entregues notas de “lixo” correspondentes ao peso deixado (a lógica é a de 1 kg de lixo vale 1 nota, com excepção do lixo reciclável que vale 2 notas).

Cada nota de “lixo” vale um euro, que pode ser usada nos estabelecimentos comerciais locais aderentes.

Restaurantes, cafés, peixarias, entre outros, neste momento já aderiram cerca de 70 estabelecimentos. Os comerciantes podem depois trocar estas notas, por dinheiro verdadeiro na Junta de Freguesia.

Outra das preocupações foi a de garantir a não contrafação das notas, e por isso todas têm o selo branco da Junta de Freguesia e são numeradas. Para além disso o tipo de material torna “dispendiosa” a sua contrafação.

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E onde podemos trocar o “Lixo”?

A localização das barraquinhas não vai ser fixa. Vão existir dias e horas específicas para se efectuar a troca, será sempre aos sábados e as datas são divulgadas no site da Junta de freguesia. Começou hoje e no próximo sábado também haverá.

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Este é um projecto pioneiro, mas que segundo André Couto poderá ser implementado noutras freguesias de Lisboa e do país. Contou com um investimento inicial de cerca de 15 mil euros por parte da autarquia e será objecto de análise constante, por forma a avaliar a relação custo/benefício inerente à continuação do mesmo, e que por isso mesmo não tem uma data definida de possível término.

Será também feito um trabalho de “consciencialização” em conjunto com as escolas para atrair os mais novos para esta iniciativa, uma vez que as crianças representam o futuro e são uma força motivadora de mudança de hábitos dentro de casa.

O sucesso deste projecto inovador depende do envolvimento de todos, para já na Freguesia de Campolide.

E não podia faltar a foto do pequeno almoço 🙂

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,Fica aqui um dos vídeos do projeto. Que conta ainda com mais vídeos, em que participam figuras públicas residentes em Campolide, e que são padrinhos desta iniciativa (Vítor de Sousa, Eládio Clímaco, Carlão e Fernando Alvim).

Espero que tenham gostado. Divulguem pelos vossos amigos e familiares que vivem em Campolide.

Boas Reciclagens, Bons Passeios e até ao Próximo Post.

Links Úteis:

Site Junta de Freguesia de Campolide

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